Muito tem se falado sobre a proibição da comercialização do Counter Strike, ou simplesmente CS.
Entre os argumentos apresentados peloresponsáveis pela proibição está a suposta influência que o game pode exercer sobre o nível de violência de jovens e adolescentes. Já os defensores do game baseiam-se na liberdade de expressão e de escolha para justificar a comercialização.
O que eu percebo que falta nesta discussão é algo mais real. Se um game qualquer exerce influência sobre o comportamento dos jogadores, fazendo-os tender à violência ou não, é uma característica ainda não comprovada cientificamente, o que deveria excluir por si só um argumento assim embasado. Por outro lado, a liberdade de expressão e escolha não pode servir de desculpa para qualquer atitude que possa resultar em um dano à sociedade.
Dessa forma, a discussão que se tem acaba se perdendo em pontos de vista individuais. Para trazer a discusão à um nível mais próximo do real, deve-se encarar os fatos. O fato é que o game em questão é de conteúdo adulto, uma vez que sim, ele contém fortes elementos de violência. Isto está claramente explícito na embalagem do game, como recomendação do fabricante. Assim sendo, o game não deve ser jogado por menores de idade, é a lei. Se menores estão jogando o jogo, os responsáveis por este acesso devem ser punidos, sejam pais ou donos de Lan Houses.
Proibir a venda do game por uma incapacidade de cumprir com a obrigação, pra mim, é absurdo. Pior ainda é a cara-de-pau de nossos dirigentes de culpar uma forma de entretenimento como causa de um comportamento violento enquanto temos a maioria das cidades do país em processo irrefreável de favelização.
A questão aqui nunca foi o game, mas sim o desvio de atenção para as origens do problema. Pode-se proibir a venda de todos os jogos que cenas como a do garoto sendo arrastado por um carro continuarão a se repetir. Gravem bem os nomes das pessoas que proibiram os games, pois com certeza eles aparecerão neste ano eleitoral
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
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